quarta-feira, 15 de junho de 2011

Seminário: " O eu e o outro".

A postagem do dia 13/06 se trata de um seminário apresentado por nós na UFPA, dentro da disciplina "Organização do Trabalho Pedagógico".  Nele, falamos sobre o preconceito contra os homosexuais, alunos e professores, tanto na vida social quanto no ambiente escolar, e principalemnte discutimos sobre a importância do respeitar o outro na sua diversidade, relatos de pessoas que já sofreram muito com esse tipo de preconceito e sobre a homofobia no ambiente escolar.

O seminário foi realizado com o propósito de levar á discussão este assunto tão presnte no nosso dia a dia e fazer com que as pessoas, ao menos, possam refletir sobre. E, principalmente, para que nós, como futuros pedagogos, possamos trabalhar , com o propósito de minimizar esse tipo de preconceito no ambiente escolar.

Podemos dizer que obtivemos o resultado esperado, algumas alunas colocaram suas opiniões, algumas contrárias á nossa, e que todo mundo soube respeitar. Assim como algumas alunas, o professor também deu sua contribuição, que fora de muita importância até mesmo para esclarecer algumas dúvidas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
HOMOFOBIA NO AMBIENTE ESCOLAR




DISCENTES: Vanessa Messias
Fernanda Moura
Renata Duarte
Adalberto Junior 







  •  Educação Na Diversidade

  • Transformação da relação pedagógica e da construção partilhada do conhecimento;
  •  Principais Objetivos;
  •  Processo Construído coletivamente;
  •  “Unidade na Diversidade”;
  •  Participação da escola;
  • “ Educar na diversidade, desdobrar-se segundo uma perspectiva de transformação e emancipação que deve serão mesmo tempo,  cultural, social, psicológica, política, individual e coletiva”.

  • O Respeito à Diferença
  •   Diferença: “Caráter que distingue um ser de outro ser, uma coisa de outra coisa. Falta de igualdade ou de semelhança.”
  •   Vivemos num mundo que não sabe conviver com a diferença;
  •   Modos  agressivos  com que lidamos com o diferente;
  •  A importância do manter a unidade na diversidade;

Professores preconceituosos
  • O que fazer quando as pessoas que deveriam nos proteger em sala são as que mais agridem?”

  • O que pensa a UNESCO?
  • “As pessoas tendem a ter preconceito daquilo que nunca tiveram contato.”

O “Eu e o “Outro”


[...] nos termos de Freud, este eu que nos é tão intimo é, também inquietantemente estranho [...] o medo fixa o estranho fora de nós [...] nosso eu primitivo[...]
                                                                                        (MATOS,2006:62-63)
 

Identidade revelada e identidade escondida
“identidade implica relação, múltipla ou contraditória, de semelhança e diferença [...]”
                                                                                         (SOARES,2001, s.p)


A Ambientalização de Professores e Professoras Homossexuais no Espaço Escolar

  • Sociedade Contemporânea: Diferenças e Multiplicidades;
  • Debate sobre identidades sexuais;
  • Sujeitos com Múltiplas Identidades: Relações de Poder;
  • Sexualidade como uma construção histórica e cultural;
  • Variadas nomeações para os homossexuais;
  • “O Homossexual entrou na patologia como uma classe perversa ou anômala [...] uma aberração à norma heterossexual”;
  (Tambin Spargo (2004:31) )

  • Homossexuais como uma “População Específica”.
  • Escola como espaço público procura evitar tratar a respeito da Homossexualidade.

  • “A produção da identidade que se fundamenta na escola nunca é definitiva, nem pode abranger toda a vida(nem sequer a sexual),porém também é verdade que pode produzir nos indivíduos consequências duradouras de efeitos múltiplos.”
  (Debbie Epstein e Richard Johnson (2000: 14) )
Tecendo narrativas de professores homossexuais


  • Prática das significações;
  • Marcador social de gênero agindo na identidade social – conceitos;
  • A descoberta na adolescência sobre sua identidade sexual;

“ Acho que com 12, 13 anos eu me percebi

homossexual, eu me sentia anormal.”

(Prof. Igor)


“ Aos 14 anos já tinha minha primeira namorada.”

(Prof ª. Veridiana)


“Só que foi muito dolorido porque custei a me aceitar. Eu

achava que só eu no mundo era assim. Eu era o

errado, Deus tinha errado comigo. Por que Deus tinha

feito isso? Tinha um monte de nóia assim na minha cabeça.  Eu

não me aceitava.

(Prof. Romeu)
A regra geral da sociedade – Aberrações, desviantes;
 Algumas identidades são tão ‘normais’ que não
Precisam dizer por si; enquanto outras se
Tornam ‘marcadas’ e , geralmente, não podem
Falar por si.”
  • Memórias escolares – As “boas” piadinhas;
A escola sem poder de responsabilidade para produzir identidades, mas com a “obrigação” de formar pessoas enquanto sujeitos.
Casos em que professores heterossexuais reproduzem a homofobia;
Os corpos falando por si – Sofrendo assédios;
O Ministério da Educação (2004:85) afirma:
Ao mesmo passo que a escola tem papel fundamental
na formação de identidade de gênero, ela é
Privilegiada para a construção de
consciência crítica dos direitos humanos”
Nem sempre somos o que nossa aparência física mostra;
Órgãos genitais são apenas atributos. 
 
"nasceu com pênis, é homem; se é homem, é masculino;

Se é masculino, dever ser ‘machão’, heterossexual,

Forte, corajoso, não-afeminado etc”.

(Louro -2011)

O ambiente escolar - espaço delicado;

  “Eu sou assumido em todos os ambientes, mas não na escola, pois lá essa questão parece ser ainda delicada”

Suspeitas de pais e diretores – cochichos;

Os riscos que os professores correm se assumirem suas identidades sexuais;

A sociedade julga o profissional pela sua identidade sexual;

A escola assume papel de negação a homossexualidade;

Contradição – Ao mesmo tempo que respeita, a escola ignora o homossexualismo.

A escola e a sociedade não devem determinar o seu desejo, mas sim respeitar as diferenças existentes no mundo.

ALGUNS EXEMPLOS DE HOMOFOBIA NAS ESCOLAS


Nikky – Pseudônimo – Repressão

 Augusto Kobayashi – Violência

Unesco – 28% - Alunos do ensino médio ; 48% - meninos não toleram;

Agressores de homossexuais –

-Auto- estima baixa

-Consideram fracos e afeminados

-Afirmação de força

“ Um aluno da oitava série afirmou categoricamente que se

Encontrasse um casal gay num shopping, iria esperar

Na garagem com um bastão de ferro para quebrar

A cabeça dos dois até matar o casal”

( Médico do Prog. De Saúde – Murilo Moura)
 
CONCLUSÃO
“Liberdade, essa palavra que o ser humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”

 
BIBLIOGRAFIA

- Livro: Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas